CICLO VICIOSO DE PROBLEMAS






Introdução

A longo da minha experiência de vida deparei com várias situações que fizeram impacto enorme no meu dia-a-dia, que teve o teu efeito no passado, no presente e ainda deixa fumo no futuro, ou seja, ainda está a criar fumo para o futuro. O percurso na vida é repleto de problemas e soluções em cada etapa nesse percurso e isso reflete sobre a nossa visão do mundo em que vivemos, das pessoas que estão ao nosso redor e vice-versa.

A partir do momento que temos noção do eu próprio, começamos a ter noção dos nossos problemas, a forma resolver ou encarrar esses problemas depende de vários fatores que vão desde maturidade, a inteligência, segurança, posição social, conhecimento e autoconfiança.

As vezes o problema não está em nós, ou seja, em si, mas em quem está a seu redor, dito de melhor forma em certas situações a pessoa em si é visto como um problema devido ao seu sucesso ou insucesso, devido a estigmatização e fantasias sobre ações que recaem sobre a pessoa e ações da própria pessoa.

Hoje em dia com a difusão dos conteúdos pelos médias e redes sociais o impacto é enorme e a confusão entre a realidade e fantasia também é gigantesco.

A forma de ver os problemas e acontecimentos transformou com popularidade das redes sociais em que a IA (inteligência artificial) apesar do seu contributo positivo é recorrido para falsificação dos conteúdos e a confusão entre a realidade e a ficção, ou seja, o que realmente existe e o que não existe influencia a nossa forma de ver os problemas.

Por outro lado, este livro é repleto do lado emocional e psicológico com expressões que nos leva a refletir e a ter noção de psicologia de sobrevivência e maturidade emocional.


O que é realmente um problema?

O problema pode ser visto como algo que não está como devia estar, pode ser visto como algo que resultou ou resulta numa consequência negativa, como algo que pode trazer consequências negativas no futuro, como algo que incomoda, algo que tira sossego, algo que não gostamos, um erro.

Uma coisa é certa, não podemos considerar o sucesso ou insucesso dos outros como problema sem olharmos para nós próprios como problemas.

A falta de sossego, a ausência de paz de espírito, o desejo do mal para o outro, é o mal que tens dentro de ti e deves combatê-lo para o seu bem-estar e o bem-estar em comum.

Pense sempre no bem-estar em comum sempre que pensar no seu bem, ou seja pense no seu bem, mas também no bem-estar do outro, porque se estás bem e o outro não estiver bem, o problema ou o mal está perto de ti.



O que realmente podemos considerar problema?

Essa interrogação nos leva a uma busca profunda e questionamento sobre o que está a acontecer, o que aconteceu ou o que pode acontecer, a origem de todo problema e a sua transformação.

Sem um questionamento profundo  sobre o que está a acontecer e a sua origem, o problema é visto como algo estranho sem definição e o que é visto como um problema para uns é visto como solução para outros, o que é infelicidade para uns é visto como felicidade para outros, o que é insucesso para uns é sucesso para outros, o que é pobreza ou empobrecimento para uns é enriquecimentos para outros, o que é barreira para uns é oportunidade e caminho aberto para outros, o que é luta para uns é palhaçada e brincadeira para outros. É a partir dai que entramos na confusão entre verdadeiro e falso, certo ou errado, o bem ou  mal, sim ou não, preto ou branco, e por aí diante.



O impacto negativo de um problema

Qualquer problema por menor que seja cria sempre impacto negativo, a consequência pode ser significante ou insignificante dependendo do impacto, nesse ponto estou a referir a negatividade de um problema.

Nessa visão negativa podemos ver problema negativamente de forma ampla, que vai desde perda de alguma coisa ou desperdício do tempo, espaço ou danos económicos.

O mundo em que vivemos é repleta de pessoas bem-intencionados e pessoas mal-intencionados, é nessa abordagem que pode haver a facilidade de ultrapassar o problema, mas também a perigosidade de ser explorado pelo problema que enfrentas pelos oportunistas ou dita de melhor forma as pessoas mal-intencionadas.

Eu pessoalmente com os problemas que enfrentei até hoje em dia, tive momentos em que o mundo parecia outro ou sendo eu o único humano ou não humano, devido ao efeito nubloso em que o mundo parecia outro e tudo parecia completamente fora do tempo e do espaço, em que as pessoas parecem vindo de outro planeta ou eu vindo de outro planeta, em que as vezes o passado, presente e futuro ficam juntos no mesmo espaço temporal. É nesses momentos que surgem perdas de emprego, destruição de uma relação, gastar o que não tem, mau desempenho académico ou seja não alcançar o objetivo desejado, o estigma, oportunistas que falam mal de min para disfarçarem os seus problemas e nesses momentos que é preciso parar para procurar o que está a passar, quem está a minha volta, e quando dou por conta passa um dia, uma semana, um ano e o tempo voa, resultando numa perda de tempo, perda de oportunidade, perda de estabilidade económica, perda de estabilidade social e perda de estabilidade emocional.

O pior disso tudo é não saber exatamente o que está por trás de um problema e quem está por trás, é isso que resulta na sensação de não reconhecer o mundo ou quem está ao redor.



O impacto positivo de problema

O impacto positivo resulta de uma visão otimista do problema, não deixando estar afetado e aproveitar o lado positivo. Quando ultrapassamos um problema é sinal de que somos capazes de ultrapassar algum desafio e aprendizagem neste contexto de autoaprendizagem acaba por ser importante.

Os problemas me prejudicaram bastante, mas a primeira coisa que tive em conta é de não serem consequências dos meus atos e nem resultado das minhas ações, mas surgiram de forma alheio e não muito claro. Nessa confusão com o redor alheio é importante manter ideias claras e nunca perder noção do eu próprio e a identidade.

A noção de eu próprio, a identidade e a personalidade são importantes nesse processo. Hoje posso afirmar que apesar de crescer e tornar mais maturo, sou a mesma pessoa, identifico-me com todos os atos que cometi no passado, palavras que falei, a forma de escrever, de ver pessoas e tudo o que possa imaginar, é o que chamamos de equilíbrio e integridade ou seja nunca perdi equilíbrio e identidade.

É importante apreender estar de pés no chão para estar equilibrado, bem como saber que o mundo está cheio de problemas e que o seu problema não é o único e que existe casos piores, dando valor ao que tem e àquilo que é capaz fazer.  



Que rumos podemos tomar

Devemos questionar sempre que rumo devemos seguir em cada empasse, quando algo nos acontece esse algo interrompe algum ciclo ou algum percurso. É nessa fase que devemos ter iniciativa de pensar sobre o rumo do nosso percurso. Não é necessariamente preciso criar um rumo radical ou dita de melhor forma seguir direção oposto, mas sim procurar saídas possíveis e escolher a melhor que achar nessa situação.

Qual é a melhor escolha? Essa questão nos leva a um mergulho profundo nas subjetividades e relatividade com o meio envolvente e tudo o que está a nossa volta. Dito isso, não há melhor escolha, o que existe é certo e errado e devemos sempre pensar no que é certo, não estou a tratar de ser certinho, mas sim pensar na solução e não no problema. Por exemplo se tens problema com o vizinho a solução é resolver problema com o vizinho e não criar problema com o vizinho, se tens problemas com a sua esposa resolva problema com a sua esposa e não cria problema com esposa, se tens problemas com seja que for resolva problema com essa pessoa.

A solução de um problema não é propriamente briga, mas pode ser em caso de desentendimento, o que leva ao que chamamos de disputa.

A forma mais clara de saber em que posição ou situação estás é esclarecimento sobre o acontecido. Sem noção clara sobre o que está a passar é complicado ter um ponto de referência ou ponto de situação e as ideias raramente ficarão claras.

O rumo é a direção que nos leva a onde queremos chegar, se olharmos para frente vemos a frente, se olharmos para trás vemos a trás, se olharmos para esquerda vemos a esquerda e se olharmos direita vemos a direita, nesta citação podemos seguir o mesmo exemplo com o percurso, se seguir para Norte vais para norte, se seguir para Sul vais para sul, para Este vais para Este vais Este e para Oeste vais para Oeste. Por mais que seja longo e demorado o percurso, vais na mesma que escolheste a não ser que tenhas desvio de propósito.

As barreiras e tempestades surgem pelo caminho, mas enquanto o percurso fazer sentido é porque o rumo fazia sentido e continua a fazer sentido. 



Rumo para o futuro nas diversas faixas etárias

O rumo a seguir ou traçar caminho para o futuro varia nas faixas etárias e logicamente como é de esperar varia de acordo com idade.

Podemos considerar cinco faixas etárias tais como: Crianças, adolescentes, jovem, meia idade e senhor.

As crianças e adolescente precisam de orientação e estão sob controlo de um adulto e as crianças nem sempre é de uma das partes da escolha do rumo, a escolha do rumo ou caminho a seguir depende do tipo de educação e atitude tanto de crianças bem como dos responsáveis dessa criança com maior peso de decisão.

Para não envolver em muitas temáticas, vamos concentrar no rumo a seguir depois de um problema ou impasse. Mas vamos mergulhar nas seguintes questões: Quando uma criança está perante impasse ou problema, tem noção completa do que está a passar? Tem maturidade e experiência para lidar com a situação? Irei abordar essas duas questões no capítulo as más decisões.

Os jovens maioritariamente seguem os rumos por escolhas próprias, nessa fase a pessoa já tem conhecimentos e maturidades mínimas para tomar decisões próprias embora que em qualquer fase da vida a pessoa pode recorrer a pessoa mais experiente para orientação ou até mesmo ser aconselhado pela pessoa mais experiente para seguir certa orientação.

O perfil de jovens varia de acordo com muitos fatores, podemos considerar desde origem, a estrutura familiar desde infância, condições económicas, condições socioculturais, capacidade intelectual, comportamentos e atitudes.

Quando falamos de rumos a seguir perante um impasse ou um problema nessa faixa etária, não só os fatores acima mencionados influenciam a escolha do rumo, os fatores de ordem psicológico e meio envolventes acabam por ser determinantes, estamos a falar do medo que nessas situações é confundido com a prudência e ponderação, o meio envolvente de forma generalizada que nesse caso as vezes não temos noção clara se é favorável ou não é favorável.

Uma coisa é certa, um jovem perante problema ou impasse segue sempre algum rumo, um rumo pensado, alternativo ou neutro, ou seja, a neutralidade perante problema ou impasse e tomadas de medidas e ações para resolução ou combater o problema.

Podemos resumir de forma básica a influencia sobre o rumo a seguir:

neutralidade nesse caso não é ignorar, desprezar ou menosprezar um problema, mas continuar como se nada tivesse acontecido, nessa situação podemos ver o exemplo de casos judiciais, que as vezes ficam sem explicação e sem rumo na investigação, se não estamos a falar de problema ou impasse referido aqui como sendo um caso judicial.

As medidas ou ações para combater um problema ou impasse, só é possível quando é conhecido a causa e os causadores. Caso contrário estarás a tomar medidas e ações para combater a si próprio que é um ponto de partida.

meia idade, é faixa etária que usei para identificar a idade compreendida entre “adultos maduros” e “não senhores”, nessa faixa etária a curva de aprendizagem quotidiana e experiência de vida chega ao nível consideravelmente mais altos, a responsabilidades é enorme, é simplesmente uma acumulação de experiências e reputações imensas.

O comportamento, atitude e carácter de individuo nessa faixa etária raramente muda a não ser que o individuo mude por razões que o obrigam a ter essa atitude, ou simplesmente o individuo pode mudar para adaptar a uma nova realidade e sobretudo o meio envolvente.

Podemos considerar também que nessa faixa etária o individuo é responsável por si e pelas suas ações, é nessa faixa que uma pessoa é o espelho de outras pessoas, servindo como fonte de inspiração, sendo fonte de inspiração, o individuo as vezes tomas decisões de rumo perante problema tentado inspirar as camadas mais novas, mas também como um exemplo para sociedade, é essa faixa etária que deve servir de exemplo para uma sociedade dita equilibrada.

Quando falamos de exemplos de uma sociedade equilibrado e fontes de inspiração para camada juvenil, podemos pensar num professor, pastor, médico, empresário, sacerdote ou uma personalidade qualquer como um pai, etc. Assim como qualquer pessoa seja quem for deve servir como exemplo.

Os senhoresEssa secção de idade engloba faixa etária alta com indivíduos caracterizados pela velhice, aposentadoria, sabedoria, uma longevidade histórica enorme, a maturidade, e.t.c.

Olhando para um problema ou impasse e um rumo que um individuo segue nessa faixa etária, devemos olhar para as características em cima mencionadas.

Sabedoria – O ser humano começa a sua aprendizagem desde a nascença, essa sabedoria começa desde o instinto humano, apreendendo como tudo o que o rodeia, o espaço e tempo, por além dessas formações naturais, vai ao longo da sua vida adquirindo outras formações pedagógicas em termos académicos e complementares. E mais concretamente apreende com as suas próprias experiências e essas aprendizagens podem ser fundamentais para o seu sucesso, escolhas ou para resolução dos seus problemas mais concretamente tomadas de decisões.

Aposentadoria – nesse ponto refiro a atividade, estar dinamicamente ativo em uma atividade, seja em que área for, por exemplo socioeconômico, político e/ou académico. E por lado estar aposentado e não exercendo nenhuma atividade.

Velhice – Essa fase da vida é caracterizada pelo desgaste, debilidade físico motor, os problemas de memorias são frequentes nessa faixa etária, baixa capacidade de recuperação e sobretudo uma perspectiva sobre o futuro de curta duração.

Longevidade histórica – nesse fator podemos englobar, traços de personalidade de individuo, retrato biográfico, posição social, ou genericamente a sua história num todo. 

Maturidade – Quando falamos de maturidade, podemos ver dois tipos de maturidades: Maturidade através de experiências e maturidade emocional. Os senhores com as suas experiências de vida acumulam esses dois tipos de maturidades ou pelo menos têm ingredientes para acumula-los.

Portanto o processo de tomada de decisão ou um rumo a seguir perante impasse é fundamentada nesses cinco fatores.



As más decisões

Uma decisão tem sempre como resultado uma consequência que pode ser positiva ou negativa e sobretudo um grau de impacto. Para tomar decisão é preciso termos alguma informação que depois de analise decidimos com fundamentos em prós e contras. A nossa lucidez é formada por um conjunto de informações que recolhemos, o filtro que aplicamos a essas informações e sobretudo atitudes e decisões que aplicamos com essas informações e ações que realizamos perante essas informações.
Falando da lucidez, as vezes essa questão torna superficial e banal ao ponto de estarmos numa absoluta confusão de informação e desinformação. Por isso é preciso termos pré-avaliação e pós avaliação e não menos importante a conclusão. Na verdade, a nossa sociedade nem sempre é repleta de todos indivíduos   com pensamento estruturado e/ou com integridade de personalidade, o espírito, as emoções e sobretudo o caráter são principais fatores causadores de equilíbrio e desequilíbrio de personalidade. 
As más decisões não só têm consequências para indivíduos, mas também podem refletir em tudo que está ligado a este individuo, e nesse caso não estamos a falar apenas de um individuo comum, devemos considerar principalmente os profissionais e sobretudo dos responsáveis de cargos públicos e privados em que as suas decisões refletem sobre outros indivíduos de nível hierárquico superior ou inferior.
No dia a dia assistimos episódios de decisões que resultam em consequências negativas, tanto nível político, sociocultural, empresarial, etc.
Uma coisa é certa, não podemos confundir um erro com maldade, ambição egoísta parcial de interesse individual ou de um grupo de indivíduos a pensar nos seus interesses próprios sem se preocuparem com interesse comum.

As abordagens dos problemas e situações que são consideradas problemáticas ou que causam impasse tem vindo a perder objetividade e interesses alheios a ganhar mais visibilidade e esses interesses muitas das vezes resultam na ótica de proteção e as vezes na ótica de interesse  financeiro, material ou outra coisa qualquer.

As má decisões mexem com todos os sectores de uma sociedade a nível local e pelo mundo fora, é nesse ponto de visão alargado sobre impacto que devemos começar a distinguir as decisões e escolhas.

Escolhas - As escolhas começam pela aplicação do filtro seja ela de forma alargada, até ao processo refinado,.....

Decisões - O processo de decisão não existe sem escolha, a não ser uma decisão irracional sem fundamento,.....


A ética, o padrão da sociedade e a ética profissional

A ética, padrão da sociedade e a ética profissional, têm sido pilares fundamentais de uma sociedade moderna e civilizada em que o bem-estar comum interessa a todos.

O padrão da sociedade tem vindo a transformar ao longo dos anos, numa sociedade em que os seres tornam cada vez mais irreconhecíveis devido a perda dos valores que sustentavam os padrões da sociedade, por outro lado podemos viajar no tempo relembrando a história da humanidade, nesse ponto vista podemos chegar a conclusão de que os seres humanos são como são embora evoluem e transforma com o tempo.

O padrão da sociedade nesse sentido acaba por ser aquilo que é ideal, dependendo de cada sociedade, quando falamos da ética, devemos levar em consideração a civilização em amplo sentido, desde as civilizações antigas até ao homem moderno, a ética profissional tem sido um dos principais impulsionadores de confiança ou relação de confiança no âmbito profissional   e interação a nível global em todas as atividades e setores. Fugindo do lado humano para o lado animal por exemplo, podemos ver que os animais tem ética entre si, ou seja cada espécie tem ética com congêneres.


Continuação por escrever....

 

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